“Nunca há duas histórias de empreendedores iguais” diz Nicolau Loreti, Diretor de Operações da Loja na Nuvem, ao explicar o perfil dos usuários de sua plataforma de comércio eletrônico. Aquele que cresce aos trancos e barrancos.
Algo curioso acontece com Tienda Nube, mas é cada vez mais comum no mundo da tecnologia, e é isso Provavelmente não os conheço, mas os uso há anos. É uma plataforma que ajuda outras empresas, e empreendimentos, a "pegar" na onda do comércio eletrônico. E eles estão fazendo isso bem, pois têm mais de 100.000 lojas ativas na América Latina.
Com uma avaliação de mais de 3.100 milhões de dólares, em 2021, este empreendimento, embora pareça novo, não é tanto, porque foi fundada em 2011 e é considerada, há anos, um dos grandes unicórnios latinos da região.
“Eles nos avaliam como a sexta maior empresa do continente” afirma Nicolás Loreti, que acrescenta com orgulho: "O que fazemos é baixar a zero as barreiras de empreender”.
Com vista a potenciar o seu crescimento na região, a Tienda Nube anunciou recentemente um investimento de US$ 10 milhões na Colômbia, a investir nos próximos 24 meses, e que visa como primeiro objetivo atingir os 10.000 clientes.
Crescer com a pandemia
Embora seja verdade que Tienda Nube vinha crescendo desde antes do Covid-19, o mesmo aconteceu com muitos protagonistas do comércio eletrônico: a pandemia foi um catalisador que os desencadeou. Lembremos que em meados de 2021, o comércio eletrônico atingiu 26,7 trilhões de dólares.
“Quando começamos com o Tienda Nube, há dez anos, tínhamos que explicar para as pessoas porque tínhamos que estar online. Mais tarde, com a pandemia, nada teve que ser explicado porque todos queriam estar na Internet.
Nicolás Loreti, Diretor de Operações da Tienda Nube.
E não foi só o número de empresas que começaram a montar seus canais digitais, mas também a diversificação do comércio eletrônico. Há alguns anos, o comércio eletrônico movia principalmente produtos de tecnologia e ingressos, entre outras categorias. Mas com a pandemia, outros tipos de produtos como alimentos, artigos esportivos, vestiários, etc. começaram a circular.
Loreti acrescenta a esse respeito: “Na Argentina e no Brasil, o segmento de alimentos cresceu muito e temos casos médios anedóticos, que ainda hoje são vendidos, como peixes e bananas. Antes da pandemia não ocorria a uma peixaria vender online, mas isso mudou”.
Benefícios e usuários
Falando sobre os benefícios de sua plataforma, Loreti conta que “Há 20 anos, se você queria abrir um negócio, tinha que alugar um local, montar prateleiras, comprar estoque e assim por diante. Hoje, por 30 dias grátis e depois 19.900 pesos por mês e uma comissão, você está testando seu negócio e alcançando um público potencialmente não apenas em toda a Colômbia, mas em toda a América Latina.”
Porque uma das principais mais valias desta empresa é a facilidade de instalação de lojas em eCommerce em inúmeras empresas.
“No fundo é dirigido a muitos, a qualquer pessoa que tenha um negócio, uma aspiração ou um hobby, ou que esteja a vender, talvez através das redes sociais, ou que tenha um negócio offline e queira digitalizá-lo. Em poucos minutos você estará vendendo sem nenhum tipo de conhecimento técnico”.
Benefícios como esse têm ajudado no crescimento dos investimentos nesta e em outras plataformas regionais de e-commerce. No caso da Tienda Nube, recebeu uma injeção de capital de 500 milhões de dólares, em agosto de 2021, o que tem servido para fortalecer seus planos de expansão.
De pais para filhos
Outro elemento foi a proliferação de novas plataformas de pagamento como PayPal, AmazonPay, ApplePay, GPay, sem falar no surgimento de fintechs que abundam na América Latina. Outro ponto, ainda mais importante, é a maior penetração da Internet e dos dispositivos inteligentes.
Essas mudanças geracionais também afetaram os negócios tradicionais, como lembra Loreti, acrescentando que tem havido casos frequentes de crianças que se dedicaram à digitalização dos negócios de seus pais -especialmente PME-, e onde os negócios on-line muitas vezes acabam sendo maiores do que os negócios off-line. .
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